A Aproximação Facial 3D de Zuzu (≈9600 AP) Baseada em Marcadores Modernos

_images/Zuzu_capa.jpg

Moacir Elias Santos
Arqueólogo, Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, Ponta Grossa-PR

Cicero Moraes
3D Designer, Arc-Team Brazil, Sinop-MT, Brasil

Data da publicação: 25 de janeiro de 2023
ISSN: 2764-9466 (Vol. 4, nº 1, 2023)

O presente trabalho tem por objetivo apresentar os detalhes acerca da aproximação facial do Zuzu, um fóssil de 9.600 anos descoberto em 1997 no sítio arqueológico da Toca dos Coqueiros, localizado no Parque Nacional da Serra da Capivara, Brasil.

Atenção

Este material utiliza a seguinte licença Creative Commons: Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).

Introdução

O Parque Nacional da Serra da Capivara

O Parque Nacional da Serra da Capivara, criado em 1979, é uma unidade de conservação brasileira e patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO [A1]. A sua área se distribui dentro dos limites municipais de São Raimundo Nonato, Coronel José Dias, João Costa e Brejo do Piauí, todos eles na região sudeste do estado do Piauí, onde o clima semiárido e a vegetação de caatinga marcam a paisagem. O complexo trata-se de um dos mais ricos conjuntos de patrimônio arqueológico e paleontológico da América do Sul com mais de 1300 sítios reportados. Os trabalhos de prospecção na região iniciaram na década de 1970 com a arqueóloga Niède Guidon, sob os auspícios da Missão Franco-Brasileira e da Fundação do Homem Americano (FUMDHAM) [A2]. Ao longo de todas essas décadas tais prospecções têm fornecido um vasto acervo de itens que compreende os períodos do Pleistoceno ao início do Holoceno [A3] [A6] [A7].

O Fóssil Zuzu e os seus Mistérios

No ano de 1997 foi descoberto no sítio arqueológico da Toca dos Coqueiros (um dos mais de 1300 pertencentes ao Parque Nacional da Serra da Capivara) um enterro solitário, contendo o esqueleto em posição fetal de um indivíduo adulto que, por conta dos seus traços delicados recebeu o nome de Zuzu. Em um primeiro momento, um estudo publicado em 2002 indicava que se tratava de uma mulher, falecida entre os 35 e 45 anos, há 11.600 AP, por datação indireta (LESSA e GUIDON 2002) [A4]. No entanto, com o passar do tempo outras abordagens foram efetuadas, atualizando os resultados. No ano de 2005, um estudo apontou que o esqueleto poderia ter pertencido na verdade a um indivíduo do sexo masculino (NELSON 2005) [A5], tendo outro estudo de 2007 reforçado tal abordagem (HUBBE 2007) [A6]. O último estudo analisado pelos autores deste material, publicado em 2022 (MENÉNDEZ et. al. 2022) [A7], aponta também para o sexo masculino, com algumas ressalvas, além de indicar uma datação por radiocarbono feita diretamente em um dos dentes que revelou uma idade mais acurada do fóssil, em 9.603 AP.

Tabela 1. Estudos e resultados relacionados ao sexo do Zuzu.

Lessa e Guidon

Nelson

Hubbe et al.

Menéndez et al.

2002 [A4]

2005 [A5]

2007 [A6]

2022 [A7]

Feminino

Masculino

Masculino

Masculino

Mesmo com a atualização dos estudos, dúvidas ainda pairam sobre os dados, posto que, no caso da datação por carbono o que foi informado se trata da data mínima, logo, há uma chance do fóssil ser alguns séculos ainda mais antigo. No caso do sexo, os autores do último estudo atestam que a aferição efetuada por eles não é conclusiva [A7], mantendo a questão ainda em aberto.

A Motivação para o Projeto de Aproximação Facial

No ano de 2022, um grupo de arqueólogos e entusiastas do estado brasileiro do Paraná, viajou ao Parque Nacional da Serra da Capivara para conhecer o Museu da Natureza [A8]. Durante a visita um dos autores (M.E.S.) observou que a forma em que o crânio do Zuzu foi exposto, permitia uma sequência de fotografias própria para um processo de digitalização/escaneamento 3D, conhecido como fotogrametria. Tendo o autor já participado de projetos de aproximação facial forense [A9], imaginou que tal abordagem poderia ser utilizada para aquele crânio e fotografou-o de vários pontos de vista. Uma vez que as fotos foram armazenadas, propôs ao outro autor (C.M.) o projeto de aproximação independente, de modo a revelar a face daquela figura tão misteriosa e tão importante para a história brasileira. Aceita a proposta, os dois se organizaram de modo a colocar o projeto em prática.

Materiais e Métodos

A reconstrução facial forense é uma técnica auxiliar de reconhecimento facial que utiliza o crânio como base para aproximar a face do indivíduo em vida. A história de tal técnica sempre foi envolta em controvérsias [A10], principalmente pela dificuldade em definir o que é científico (objetivo) e o que é arte (subjetivo) em sua abordagem. O presente trabalho evita o uso do termo reconstrução, substituindo-o por outro mais coerente com a sua realidade, ou seja, aproximação facial forense [A11]. Não se trata apenas de adequar o nome, mas de utilizar abordagens complementares, baseadas em análise de dados extraídos em indivíduos vivos, como será exposto mais adiante, de modo a resultar em uma face apoiada no máximo de referências objetivas, restando pouco espaço para intervenções subjetivas pelo lado dos pesquisadores.

_images/Zuzu_1.jpg

Fig. 1 Fotografias originais (acima) versus imagens recortadas (abaixo).

Como comentado anteriormente, um dos autores procedeu com uma sequência de capturas fotográficas. Ao todo foram efetuadas 57 fotografias em torno do crânio, com alturas diferentes, levando um tempo total de 2 minutos e 9 segundos para a captura. Cada imagem, capturada com um smartphone iPhone 11 Pro Max, foi configurada com as dimensões de 3024 x 4032 px (pixel ou píxeis), ou 12,19 MP (megapixel) [A12]. Dado que a algoritmo de fotogrametria, ou digitalização 3D por fotos, utiliza os dados de todos os píxeis presentes na imagem e dado também que a cena contava com alto tráfego de indivíduos, o que poderia confundir o algoritmo, as fotos foram recortadas no software de edição de imagens Gimp (https://www.gimp.org/), de modo a isolar a região de interesse composta pela superfície do crânio, resultando em 57 imagens de 2000 x 2000 px, ou 4 MP (Fig. 1).

_images/Zuzu_2.jpg

Fig. 2 Etapas da complementação estrutural e ajuste do crânio.

As 57 imagens segmentadas, presentes em um diretório separado, foram processadas no add-on OrtogOnBlender [A13], que fornece um módulo de fotogrametria baseado nas bibliotecas OpenMVG e OpenMVS [A14]. Os parâmetros do D Factor e do Smooth Factor foram reduzidos para 4 e o tempo total da digitalização levou 21 minutos e 58 segundos em um notebook dotado de um processador Intel Core i7-8565U, com 20 GB de memória RAM e dispositivo de armazenamento SSD m2.

Na sua atual configuração o OrtogOnBlender permite ao usuário digitalizar um objeto já na escala, bastando apenas posicionar uma etiqueta com códigos visuais ArUco ao lado do modelo [A15], no entanto isso não foi possível no caso do crânio em questão, posto que o mesmo se encontrava protegido por uma estrutura vítrea. Mesmo com tal limitação a superfície resultante se mostrou de boa qualidade (Fig. 2, A) e, por não conter dados da escala, o redimensionamento precisou ser feito a partir de dados disponíveis em Hubbe et al. (2007) [A6]. Com o crânio na escala, a região de interesse foi segmentada resultando apenas na estrutura óssea (Fig. 2, B,C,D).

Ao se analisar o crânio pela órbita 3D, atestou-se a ausência de algumas regiões e o desgaste físico de outras, como aquele que acometeu as arcadas dentárias. Em face da metodologia a ser utilizada para a aproximação facial, que envolve além das projeções clássicas, a deformação anatômica [A16], e como esta segunda depende de um doador virtual e os disponíveis contavam com arcadas significativamente menos desgastadas, os autores optaram por reconstruir as regiões faltantes, recuperando a arcada dentária completa e assim, permitir uma aproximação mais coerente com uma estrutura anatômica real, ao passo que evita a estranheza da aproximação de face curta (desdentado ou semidesdentado) em indivíduo significativamente jovem, como já foi efetuado nos fósseis pertencentes ao povo de Lagoa Santa, a exemplo o Apiúna [A17] e Diarum [A18].

O crânio do Zuzu foi copiado e espelhado no eixo X (Fig. 2, E), de modo que tal espelhamento construísse partes faltantes dos dois lados, ao passo que denunciasse eventual assimetria, fruto de uma montagem manual defeituosa. A análise do modelo espelhado revelou que não havia diferença significativa entre os lados, o que permitiu que o crânio fosse complementado graças a um doador virtual [A19] (Fig. 2, F,G). Durante o processo de complementação estrutural a mandíbula foi segmentada e rearranjada (Fig. 2, H) segundo a oclusão dental projetada.

_images/Zuzu_3.jpg

Fig. 3 Cluster populacional com o posicionamento do Zuzu em preto.

O crânio do doador virtual foi escolhido a partir de outro com características semelhantes ao do Zuzu. A técnica empregada para a busca da peça mais compatível foi a mesma publicada em um estudo sobre clusters populacionais [A20], que leva em consideração a distância entre os pontos orbitais frontomalares (fmo-fmo no eixo X), a distância lateral das órbitas até a ponta do osso nasal (eixo Y) e a distância entre a glabela e o násio (eixo Y). Ao se posicionar os dados do Zuzu no gráfico do estudo (Fig. 3), atesta-se que ele está próximo ao núcleo médio das populações de vietnamitas modernos e crânios arqueológicos americanos, estes últimos contam com indivíduos de Lagoa Santa, sambaquis e outros representantes de população natural brasileira compreendendo o período colonial, regredindo até mais de 10.000 anos AP. Além disso há também uma proximidade com a população de malaios modernos, ou seja, a estrutura pesquisada tem grande afinidade com o grupo dos asiáticos.

_images/Zuzu_4.jpg

Fig. 4 Etapas iniciais da aproximação facial forense.

Com as partes faltantes recuperadas e o crânio alinhado ao plano de Frankfurt, uma série de marcadores de espessura de tecido mole foi distribuída ao longo da superfície (Fig. 4, A). O conjunto de 32 marcadores foi baseado em um estudo com brasileiros vivos, cujo a média das medidas foi levantada a partir da tomografia de 50 indivíduos do sexo masculino [A21]. Ainda que tais marcadores cubram parte significativa do crânio, algumas regiões não são contempladas, pois naquelas partes outros tipos de projeções são efetuadas. No caso do nariz, a projeção respeitou uma série de passos, baseados em dados estatísticos extraídos de tomografias computadorizadas (Fig. 4, B) e dada a afinidade com o grupo asiático, seguiu os dados de um estudo efetuado em malaios [A22]. O passo-a-passo da técnica está abertamente disponível em texto [A23] e em videoaula [A24]. Outras projeções como a dimensão frontal do nariz, a dimensão dos olhos, o posicionamento dos globos oculares, o tamanho dos lábios e das orelhas e outros (Fig. 4, C), seguiram uma abordagem baseada em média e proporções extraídas de mensurações em tomografias computadorizadas [A25]. O passo-a-passo da técnica está abertamente disponível em texto (completamente manual) [A26] e em duas videoaulas (semi automático) [A27], uma abordando o traçado frontal e outra o posicionamento dos globos oculares [A28]. Além da informação acerca do tecido mole, o sistema semiautomático também apresenta a altura dos pontos nasoespinale, dos incisivos superiores e do mento. No caso do primeiro e do segundo não houve grande diferença em relação à média e proporção, já no caso do terceiro, ou seja, o mento, a projeção mostrou que a mandíbula é significativamente menor do que a média e a proporção média (Fig. 4, D). Mesmo com a cobertura oferecida pelos mercadores de espessura de tecido mole e as projeções estatísticas, muitas regiões ainda não são assistidas, de modo que, ainda que tais técnicas garantam projeções dentro de uma média ou amplitude esperada em partes como o nariz, lábios, orelhas e afins, existem regiões que não contam com boa documentação para predição, de modo que a deformação anatômica preenche tais deficiências ao passo que interpola os dados fornecido pelos marcadores e demais projeções. Uma tomografia de um doador virtual foi importada, reconstruindo as malhas correspondentes ao tecido mole e o crânio [A29]. As duas malhas foram unidas em um só objeto e alinhadas ao crânio do Zuzu (Fig. 4, E). As duas malhas foram deformadas de modo aos crânios se compatibilizarem, ao passo que tal deformação influenciava o tecido mole externo (Fig. 4, F). Ao se observar a malha deformada, atesta-se que a mesma se adequou a quase todos os marcadores e projeções estatísticas (Fig. 4, G), além da linha projetada do perfil (Fig. 4, H) e do globo ocular (Fig. 4, J), mas apresentou uma significativa diferença em relação aos marcadores da região do queixo (Fig. 4, I). Tal retraimento se deve à estrutura retraída da mandíbula e foi revelada graças à deformação anatômica, que por ser mais coerente com a estrutura real de uma face foi escolhida como parâmetro, de modo que descartou-se o traçado baseado na média dos marcadores de espessura de tecido mole naquela região.

_images/Zuzu_5.jpg

Fig. 5 Etapas finais da aproximação facial forense.

Apesar da malha da tomografia computadorizada conter importantes informações acerca da anatomia final, a mesma apresenta uma série de irregularidades estruturais, buracos e não é texturizada. Para agilizar o processo uma malha do Homem de Perak [A30], já modelada com os parâmetros corretos, como faces com quatro lados [A31], texturização e configuração de cabelos, foi importada e sofreu alterações de modo que se compatibilizasse com a estrutura do Zuzu (Fig. 5, A, B). Os parâmetros de escultura digital foram resetados e um detalhamento posterior foi efetuado de modo a criar detalhes e marcas de expressão compatíveis com a idade do crânio aproximado (Fig. 5, C). A colorização da textura foi adaptada e a iluminação adicionada, de modo a valorizar a expressão e vivacidade facial (Fig. 5, D). Os cabelos foram reconfigurados e penteados, de modo a harmonizarem-se com a face (Fig. 5, E).

Resultados e Discussão

_images/Zuzu_6.jpg

Fig. 6 Aproximação facial forense com elementos modernos e especulativos (cabelos, cor dos olhos e da pele).

A imagem final do processo foi gerada com o renderizador Cycles, presente nativamente no Blender. Tal renderizador permite que se “tire fotografias” da cena, com dados de iluminação, reflexão, refração e demais fenômenos ópticos. Uma imagem sequencial foi montada, apresentando as fases do projeto, desde o crânio original, passando pela recuperação volumétrica do mesmo, a sobreposição da aproximação facial sobre o crânio e finalmente a face final (Fig. 6). Tal face, no entanto, reflete um indivíduo dentro dos padrões populacionais modernos, uma vez que os marcadores de espessura de tecido e a tomografia computadorizada do doador virtual vieram de indivíduos atuais e não da população do rosto aproximado. Compreende-se então, que tal aproximação é a face do Zuzu completa, sem as características presentes no momento da morte, ou seja, caso ele vivesse nos dias atuais, com o padrão atual das populações, a aparência muito provavelmente seria aquela, ainda que contenha elementos especulativos como a configuração dos cabelos, a cor dos olhos e da pele.

_images/Zuzu_7.jpg

Fig. 7 Aproximação facial forense com elementos objetivos.

Todavia, a realidade dele não era a mesma e, uma vez que a aproximação seguiu os parâmetros de um crânio completo, foi possível aos autores adequar a face ao crânio do Zuzu, ajustando a estrutura à realidade do mesmo no momento do óbito. O rosto foi ligeiramente emagrecido, a mandíbula retraída para se compatibilizar com a oclusão real, os lábios se afinaram, posto que, além da supressão estrutural de uma face curta a ausência dos dentes cooperou com tal característica, além de rebaixar o nariz, rotacionando-o em direção aos dentes faltantes (Fig. 7). Os cabelos e a sobrancelhas foram retirados, pois não se tem certeza plena das suas configurações e o mesmo se aplica aos olhos. Apesar do crânio ter afinidade com uma população de asiáticos, entre indivíduos de tal ancestralidade há um grande número de diferenças estruturais, que são contornadas ao se cerrar as pálpebras. A imagem também foi renderizada em escala de cinza (preto e branco), pois não há informações precisas sobre a cor da pele. Logo, tal imagem seria a que mais se aproxima do que poderia ser o rosto real.

_images/Zuzu_8.jpg

Fig. 8 Segmentação do endocrânio a partir da estrutuda adaptada do doador virtual.

Uma vez que a estrutura do crânio foi completamente reconstruída, a mesma foi utilizada para a extração do endocrânio aproximado (Fig. 8) [A19], resultando em um volume de 1472 ml o que se mostrou compatível com estudo efetuado em crânios de humanos atuais, com média de 1328 (± 164 ml) [A32].

Conclusão

Ainda que não ofereça uma versão definitiva do rosto do Zuzu, o presente trabalho fornece aos interessados uma abordagem fundamentada em elementos robustos de projeção anatômica, extraídos de tomografias de indivíduos vivos.

Agradecimentos

Ao Dr. Dong Ngoc Quang por ceder a tomografia utilizada como doador virtual.

Referências Bibliográficas

A1

Serra da Capivara (Portuguese) - UNESCO multimedia archives. (2023). Retrieved January 25, 2023, from https://www.unesco.org/archives/multimedia/document-3544-Por-2

A2

Notícias. (2023). Retrieved January 25, 2023, from http://fumdham.org.br/

A3

Lourdeau, A. (2019). A Serra da Capivara e os primeiros povoamentos sul-americanos: uma revisão bibliográfica. In Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas (Vol. 14, Issue 2, pp. 367–398). FapUNIFESP (SciELO). https://doi.org/10.1590/1981.81222019000200007

A4(1,2)

Lessa, A., & Guidon, N. (2002). Osteobiographic analysis of skeleton I, Sítio Toca dos Coqueiros, Serra da Capivara National Park, Brazil, 11,060 BP: First results. In American Journal of Physical Anthropology (Vol. 118, Issue 2, pp. 99–110). Wiley. https://doi.org/10.1002/ajpa.10084

A5(1,2)

Nelson, A. R. (2005). ?Osteobiographics? of Dos Coqueiros Paleoindian reconsidered: Comment on Lessa and Guidon (2002). In American Journal of Physical Anthropology (Vol. 126, Issue 4, pp. 401–403). Wiley. https://doi.org/10.1002/ajpa.20072

A6(1,2,3,4)

Hubbe, M., Neves, W. A., do Amaral, H. L., & Guidon, N. (2007). “Zuzu” strikes again—Morphological affinities of the early holocene human skeleton from Toca dos Coqueiros, Piaui, Brazil. In American Journal of Physical Anthropology (Vol. 134, Issue 2, pp. 285–291). Wiley. https://doi.org/10.1002/ajpa.20668

A7(1,2,3,4)

Menéndez, L. P., López-Sosa, M. C., Monteiro da Silva, S. F. S., Martin, G., Pessis, A.-M., Guidon, N., & Solari, A. (2022). Morphometric affinities and direct radiocarbon dating of the Toca dos Coqueiros’ skull (Serra da Capivara, Brazil). In Scientific Reports (Vol. 12, Issue 1). Springer Science and Business Media LLC. https://doi.org/10.1038/s41598-022-11893-3

A8

Pivetta, M. (2023). Nova vitrine no Sertão. Retrieved January 25, 2023, from https://revistapesquisa.fapesp.br/nova-vitrine-no-sertao/

A9

Museu Apresenta Nova reconstrução digital de Múmia Egípcia. (2019). Retrieved January 25, 2023, from https://bit.ly/3Hbl9lD

A10

Stephan, C. N. (2003). Anthropological facial ‘reconstruction’ – recognizing the fallacies, ‘unembracing’ the errors, and realizing method limits. In Science & Justice (Vol. 43, Issue 4, pp. 193–200). Elsevier BV. https://doi.org/10.1016/s1355-0306(03)71776-6

A11

Stephan, C. N. (2015). Facial Approximation-From Facial Reconstruction Synonym to Face Prediction Paradigm. In Journal of Forensic Sciences (Vol. 60, Issue 3, pp. 566–571). Wiley. https://doi.org/10.1111/1556-4029.12732

A12

Forret, P. (2023). Megapixel. Retrieved January 25, 2023, from https://toolstud.io/photo/megapixel.php?compare=video&calculate=uncompressed&width=3024&height=4032

A13

Moraes, C. (2020). Ortogonblender - O Que É e aspectos técnicos. Retrieved January 25, 2023, from http://www.ciceromoraes.com.br/doc/pt_br/OrtogOnBlender/OrtogOnBlender_Como_Funciona.html#photogrammetry-start

A14

Moraes, C. (2020). OpenMVG+OpenMVS. Retrieved January 25, 2023, from http://www.ciceromoraes.com.br/doc/pt_br/OrtogOnBlender/OrtogOnBlender_Como_Funciona.html#openmvg-openmvs

A15

Moraes, C., Kimura, R. N., Bezzi, L., & Bezzi, A. (2022). Fotogrametria com Limpeza de Pontos, Alinhamento e Redimensionamento Automáticos no OrtogOnBlender. Doi: /10.6084/M9.FIGSHARE.19450283. http://ortogonline.com/doc/pt_br/OrtogOnLineMag/4/Aruco.html

A16

Abdullah, J. Y., Moraes, C., Saidin, M., Rajion, Z. A., Hadi, H., Shahidan, S., & Abdullah, J. M. (2022). Forensic Facial Approximation of 5000-Year-Old Female Skull from Shell Midden in Guar Kepah, Malaysia. In Applied Sciences (Vol. 12, Issue 15, p. 7871). MDPI AG. https://doi.org/10.3390/app12157871

A17

Moraes, C. (2019). Apiuna - Lagoa Santa. Retrieved January 25, 2023, from http://ciceromoraes.com.br/doc/pt_br/Moraes/Apiuna.html

A18

Moraes, C. (2019). Diarum - Lagoa Santa. Retrieved January 25, 2023, from http://ciceromoraes.com.br/doc/pt_br/Moraes/Diarum.html

A19(1,2)

Abdullah, J. Y., Saidin, M., Rajion, Z. A., Hadi, H., Mohamad, N., Moraes, C., & Abdullah, J. M. (2021). Using 21st-Century Technologies to Determine the Cognitive Capabilities of a 11,000-Year-Old Perak Man Who Had Brachymesophalangia Type A2. In Malaysian Journal of Medical Sciences (Vol. 28, Issue 1, pp. 1–8). Penerbit Universiti Sains Malaysia. https://doi.org/10.21315/mjms2021.28.1.1

A20

Moraes, C., Suharschi, I., Abdullah, J. Y., Quang, D. N., Santos, M. E., Machado, M. P. S., & Beaini, T. L. (2022). Agrupamento em Clusters de Populações a partir de Comparações com a Distância Orbital Frontomalar (fmo-fmo). figshare. https://doi.org/10.6084/M9.FIGSHARE.20161013

A21

Beaini, T. L., Miamoto, P., Duailibi-Neto, E. F., Tedeschi-Oliveira, S. V., Chilvarquer, I., & Melani, R. F. H. (2021). Facial soft tissue depth measurements in cone-beam computed tomography: A study of a Brazilian sample. In Legal Medicine (Vol. 50, p. 101866). Elsevier BV. https://doi.org/10.1016/j.legalmed.2021.101866

A22

Moraes, C., Abdullah, J. Y., & Abdullah, J. M. (2022). Mensuração de Dados Faciais Ortográficos em Malaios e Comparação com Brasileiros. https://doi.org/10.6084/M9.FIGSHARE.20000720

A23

Moraes, C. (2022). Sistema Complementar de projeção nasal em reconstruções/Aproximações Faciais forenses. Retrieved January 25, 2023, from https://bit.ly/3WxPlwV

A24

Moraes, C. (2022, May 07). Sistema Complementar de projeção nasal em reconstruções/Aproximações Faciais forenses. Retrieved January 25, 2023, from https://youtu.be/F205kLQ–Oo

A25

Moraes, C., & Suharschi, I. (2022). Mensuração de Dados Faciais Ortográficos em Moldavos e Comparação com Outras Populações. https://doi.org/10.6084/M9.FIGSHARE.20089754

A26

Moraes, C., Gravalos, R., Machado, C., Chilvarquer, I., Curi, J., & Beaini, T. (2022). Proposta de Protocolo para Traçados Frontais da Face. Retrieved January 25, 2023, from https://bit.ly/3j3pIpU

A27

Moraes, C. (2022, July 21). Forensiconblender - Traçado Automático das Estruturas do Tecido mole 1/2. Retrieved January 25, 2023, from https://youtu.be/U6oYkEmfyWo

A28

Moraes, C. (2022, July 21). Forensiconblender - Traçado Automático das Estruturas do Tecido mole 2/2. Retrieved January 25, 2023, from https://youtu.be/Vcz2e5uSFX8

A29

Cicero Moraes, Dornelles, R., & Rosa, E. D. (2021). Sistema de Reconstrução de Tomografia Computadorizada Baseado no Slicer 3D e no DicomToMesh. https://doi.org/10.6084/M9.FIGSHARE.13513890

A30

Moraes, C. (2021). O homem de Perak. Retrieved January 25, 2023, from http://www.ciceromoraes.com.br/doc/pt_br/Moraes/PerakMan.html

A31

AUTODESK (2018). Polygonal modeling. Retrieved January 25, 2023, from https://autode.sk/401Qkbu

A32

Neubauer, S., Hublin, J.-J., & Gunz, P. (2018). The evolution of modern human brain shape. In Science Advances (Vol. 4, Issue 1). American Association for the Advancement of Science (AAAS). https://doi.org/10.1126/sciadv.aao5961