A Aproximação Facial Forense do Crânio de Jericó (BM 127414), ≈9000 AP

The Forensic Facial Approximation of the Skull of Jericho (BM 127414), ≈9000 BP



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Cicero Moraes
3D Designer, Arc-Team Brazil, Sinop-MT,Brasil
Thiago Beaini
Cirurgião Dentista, Professor Assistente - Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG
Moacir Elias Santos
Arqueólogo, Museu de Arqueologia Ciro Flamarion Cardoso, Ponta Grossa-PR

Data da publicação: 22 de dezembro de 2022
ISSN: 2764-9466 (Vol. 3, nº 2, 2022)
ISBN: 978-65-00-50229-9
DOI: 10.6084/m9.figshare.21772343

Atenção

Este material utiliza a seguinte licença Creative Commons: Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0).

Resumo

O presente artigo ilustra a aproximação da face do crânio de Jericó (BM 127414), descoberto pela arqueóloga Kathleen M. Kenyon em 1953 e atualmente sob os cuidados do Museu Britânico. Um amplo trabalho de digitalização externa e interna do modelo foi efetuado a partir de 2016 e os resultados, disponibilizados com acesso online e interativo, permitiram a análise e reconstrução 3D dos modelos, de modo a permitir não apenas aproximar sua aparência, mas também analisar detalhes anatômicos e antropométricos como o volume do endocrânio, propondo novas abordagens e enriquecendo o debate científico envolvendo a peça anatômica e a rica história atrelada a ela, sem deixar de lado o devido respeito à dignidade da vida humana.

Abstract

This article illustrates the facial approximation of the Jericho skull (BM 127414), discovered by archaeologist Kathleen M. Kenyon in 1953 and currently in the care of the British Museum. An extensive work of external and internal digitalization of the model was carried out from 2016 and the results, available with online and interactive access, allowed the 3D analysis and reconstruction of the models, in order to allow not only to approximate their appearance, but also to analyze details anatomical and anthropometric data such as the volume of the endocranium, proposing new approaches and enriching the scientific debate involving the anatomical piece and the rich history linked to it, without neglecting due respect for the dignity of human life.

A full translated online version of this article can be accessed at this link: https://bit.ly/3WGdcdZ

Introdução

Os Crânios de Jericó

Entre os anos de 1952 e 1958 a arqueóloga inglesa Kathleen M. Kenyon (1906-1978) procedeu com uma série de escavações na cidade de Jericó, localizada no atual território da Cisjordânia, em uma região reivindicada pela Palestina. Mais precisamente em 1953, quando os sítios ainda faziam parte do Reino Hachemita da Jordânia, a notória arqueóloga descobriu sete cabeças, esculpidas em terra e gesso, tendo no seu interior crânios humanos. O gesso externo cobria parte significativa das peças, deixando o topo dos crânios descobertos, com exceção de uma cabeça recoberta e pigmentada com faixas de tinta marrom escura. Em seis das setes peças, foram utilizadas conchas partidas ao meio para representar os olhos e em apenas uma delas tal representação se fazia utilizando búzios. Não havia nenhum traço de tecidos moles, o que indica que foram perdidos antes do preenchimento das peças, ou removidos intencionalmente para o procedimento. Também se observa que apenas uma das cabeças contava com a mandíbula. Além disso, foi possível atestar traços delicados da estrutura facial esculpidos no gesso, como as orelhas, o nariz e a boca [E1].

Não se têm evidências concretas sobre qual era o motivo da confecção das peças, inicialmente se especulou acerca da veneração de ancestrais dotados de grande honra ou como troféus para potenciais conquistadores do local [E1]. Após o acesso de técnicas não destrutivas para a análise estrutural, como o raio-X e a tomografia computadorizada, descobriu-se que alguns dos crânios haviam sofrido remodelação (deformação) artificial e que a seleção daqueles que seriam preenchidos, poderiam ter como elemento principal tal característica estrutural [E2]. Não se sabe ao certo a natureza e o propósito desse procedimento, tampouco a respeito da aparência que teriam esses indivíduos alterados.

O objetivo deste trabalho é ilustrar, por meio de análise antropológica e por uma aproximação da face, características do crânio de Jericó (BM 127414), contribuindo com o debate científico dessa descoberta da arqueóloga Kathleen M. Kenyon em 1953.

O crânio BM 127414

Atualmente pertencente ao acervo do Museu Britânico (www.britishmuseum.org/), o crânio de Jericó (BM 127414) foi depositado em um esconderijo durante o período Neolítico (c. 10100–9250 calibrado 14C anos AP) [E2]. A idade da peça geralmente é definida em uma faixa de 8500 a 9300 anos AP [E3] e trata-se de um dos exemplares sem a cobertura de gesso na parte superior do crânio, com conchas partidas ao meio para darem o efeito dos olhos abertos, sem a mandíbula, com a estrutura inferior em gesso trabalhada de modo a permitir a colocação da peça na posição vertical. Na parte externa ainda pode-se ver uma pequena orelha modelada, o mesmo se aplica aos lábios, também modelados cuidadosamente. Há uma significativa rachadura na parte superior, provocada pela pressão do solo sob o qual foi depositado. Outra lesão que chama a atenção é a localizada na porção superior esquerda da glabela, cuja ausência de cicatrização pode indicar que esta foi efetuada próximo da morte do indivíduo. Há um orifício na parte de trás da peça, onde é possível ver as marcas das pontas dos dedos de quem preencheu o interior do crânio com terra, a abertura possivelmente foi feita com essa finalidade, portanto, aparenta ser uma lesão post-mortem. Analisando o crânio do indivíduo, ciente da margem de erro da técnica, percebe-se que o fechamento das suturas indica um indivíduo de meia-idade [E4].

Dica

Um modelo tridimensional interativo da parte externa do crânio pode ser visualizado no seguinte link: https://skfb.ly/RGHD .

Ainda que algumas características importantes pudessem ser visualizadas diretamente na parte externa do modelo e outras internamente, com auxílio de exames de imagem radiológica, foi apenas com exames de (micro)tomografia computadorizada que mais dados importantes puderam ser observados. Dentre tais dados nota-se aqueles relacionados ao sexo e a remodelagem (deformação) artificial do crânio. Por conta dessa alteração, originalmente o crânio havia sido classificado como feminino, mas observações posteriores, complementadas pelos dados da tomografia indicam marcadores de sexualidade ambíguos, com preponderância de aspectos masculinos, traduzidos pelo processo mastóide bastante desenvolvido, margem arredondada e teto raso da órbita ocular, rebordo orbitário espesso, ângulo naso-frontal mais fechado, palato profundo e ossos grandes, indicando um indivíduo robusto [E2]. Sobre a forma do crânio, segundo estudo de Fletcher et. al (2014), não parece ter havido nenhuma deformação significativa da peça em razão da compressão do solo, mas o formato geral indica que houve sim um remodelamento artificial efetuado desde os primeiros anos de vida [E2]. A análise dos arcos dentais permite observar a presença de dois abscessos, além de cáries, lesões e desgastes, indicam que o indivíduo sofreu significativamente por conta das más condições dentárias [E2].

Modelos Digitais Interativos, Impressão 3D e Aproximação Facial

No ano de 2016 uma série fotos foi efetuada tendo como base o crânio de Jericó (BM 127414) nas dependências do Museu Britânico, passado por um processo de digitalização 3D conhecido por fotogrametria e resultando em uma malha tridimensional, disponibilizada de modo online e interativo no perfil do Museu Britânico no portal Sketchfab (https://skfb.ly/RGHD). Em parceria com a empresa ThinkSee3D (www.thinksee3d.com/) a porção óssea foi segmentada a partir da tomografia computadorizada, resultando também em um modelo interativo disponível de modo online (https://skfb.ly/XtoP), que posteriormente foi impresso em 3D e serviu como base para o trabalho de aproximação facial manual, efetuado pela empresa RN-DS Partnership (www.rn-ds-partnership.com), e apresentado no ano de 2017 [E5] [E6] [E7].

Materiais e Métodos

Digitalização 3D do Crânio

O presente trabalho se baseou nos dados tridimensionais fornecidos por três fontes relacionadas ao crânio de Jericó (BM 127414), o modelo interativo da estrutura externa disponível no portal Sketchfab [E4], um vídeo em média resolução disponível em matéria veiculada no site do Daily Mail [E8] e um modelo interativo reconstruído a partir da tomografia computadorizada também disponível no portal Sketchfab [E9].

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Fig. 42 Modelos 3D utilizados como referência para a aproximação facial forense.

Com exceção do primeiro material, cujo modelo 3D estava disponível para download (Fig. 42, à esquerda), os outros dois foram capturados em diversos pontos de vista de modo a simular uma série de fotografias. No caso do vídeo, a cada leve rotação uma imagem da tela era capturada e no caso do modelo interativo, o crânio foi orbitado pela câmera padrão em pontos de vistas diferentes e uma captura de tela era acionada a cada movimentação da câmera. As duas sequências de imagens foram inseridas no software Metashape (http://www.agisoft.com), resultando em dois modelos compatíveis com a estrutura óssea, reconstruída pela tomografia computadorizada (Fig. 42, ao centro e à direita). Uma descrição detalhada acerca das metodologias utilizadas para as digitalizações pode ser encontrada no artigo Modelo 3D vs Fotogrametria por Imagens e Vídeo [E10]. Para colocar as malhas 3D na escala, foram utilizados os dados disponíveis na descrição dos dois modelos interativos presentes no portal Sketchfab.

Aproximação Facial Forense

A reconstrução facial forense (RFF) ou aproximação facial forense (AFF) [E11] é uma técnica auxiliar de reconhecimento, utilizada quando há escassa informação para a identificação de um indivíduo [E12]. Nota-se que a técnica não se trata de identificação, como aquelas oferecidas por DNA ou análise comparativa de arcos dentários, mas sim de reconhecimento que pode levar à posterior identificação.

O presente trabalho foi executado com o add-on ForensicOnBlender (OrtogOnBlender) [E16] [E17], utilizando majoritariamente os passos abordados em Abdullah et al. (2022) [E13], Moraes et al. (2022) [E14] e Moraes et al. (2023) [E15].

Inicialmente, foi feita a complementação das regiões faltantes do crânio, seguindo com a projeção do perfil e estruturas da face a partir de dados estatísticos, gerando o volume do rosto com o auxílio da técnica de deformação/adaptação anatômica e o acabamento com o detalhamento da face, configuração dos cabelos e geração das imagens finais.

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Fig. 43 Etapas da reconstrução da mandíbula e da face por deformação/adaptação anatômica.

Inicialmente o crânio foi alinhado ao plano horizontal de Frankfurt. Alguns pontos anatômicos foram posicionados de modo a projetar estruturas do crânio e do tecido mole (Fig. 43, A). Tais projeções são baseadas em uma série de estudos de mensuração de estruturas reconstruídas a partir de tomografias computadorizadas de indivíduos adultos vivos [E18]. Diferente dos artigos supracitados, os autores optaram por utilizar os dados do doador virtual para reconstruir a mandíbula faltante ao passo que aproximasse a anatomia do crânio de Jericó. Para isso, os modelos de tecidos duros e tecidos moles de doador virtual com as malhas do crânio completo e da face (tecido mole) foram importados e alinhados ao crânio a ser aproximado (Fig. 43, B). Em seguida, a malha do crânio do doador virtual foi deformada e adaptada à anatomia de Jericó, de modo a se equiparar estruturalmente ao existente e a projeção dos limites da mandíbula (Fig. 43, C). Ao se observar as figuras, percebe-se que as projeções verdes dos incisivos e do mento, que representa a média estatística, estão menores e menos compatíveis do que as projeções a partir da distância entre os pontos orbitais frontomalares (fmo-fmo) em azul, logo, as medidas utilizadas foram as últimas duas, baseadas na proporção e não na média. Ao se ajustar a malha óssea, a malha do tecido mole seguiu tais adaptações proporcionalmente, resultando em um crânio e um rosto compatíveis com a anatomia do crânio de Jericó (Fig. 43, D e E). Observando lateralmente, é possível atestar a diferença na profundidade do crânio do doador e do indivíduo a ser reconstruído, por conta da remodelagem craniana abordada anteriormente. Os ajustes permitiram a complementação do crânio de Jericó com uma mandíbula, bem como as demais regiões faltantes representadas pelo processo mastóide esquerdo e o grande círculo extraído também daquele lado (Fig. 43, F).

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Fig. 44 Etapas da aproximação facial forense.

Também foi corrigida a região irregular logo acima da órbita esquerda, o que permitiu a distribuição dos marcadores de espessura de tecido mole (Fig. 44, G), mensurados pela técnica de ultrassom em indivíduos vivos [E19]. O nariz foi projetado a partir de dados fornecidos pela estrutura do crânio a ser aproximado e de estudo efetuados em tomografias computadorizadas de indivíduos adultos vivos [E20] [E18], permitindo o traçado do perfil da face, amparado também pelos marcadores de espessura de tecido mole (Fig. 44, H). Com os dados cruzados das projeções estatísticas e da deformação anatômica, foram feitos pequenos ajustes de modo a interpolar o perfil geral da face (Fig. 44, I). Ao se observar a face resultante, atesta-se que a dimensão horizontal dos olhos, o centro das órbitas, a base do nariz, as asas nasais e as orelhas adequaram-se perfeitamente às projeções baseadas nos dados estatísticos e os lábios estão ligeiramente maiores do que a projeção, mas ainda dentro do desvio padrão esperado (Fig. 44, J). Uma malha de outra aproximação facial é reaproveitada e deformada/adaptada sobre o doador virtual (Fig. 44, K), resultando no busto base (Fig. 44, L). Como a aproximação já conta com dados de textura (pigmentação), pelos, cabelos e afins, basta ajustar os dados de modo a compatibilizá-los com a face de Jericó (Fig. 44, M).

Resultados e Discussão

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Fig. 45 Aproximação facial objetiva.

Para apresentar o trabalho da aproximação facial os autores optaram por duas abordagens. Uma face com elementos mais objetivos em escala de cinza, contendo apenas a face, marcas de expressão para evidenciar a idade e a ação do clima sobre a pele, com sobrancelhas cílios, mas sem cabelos e barba e com os olhos fechados (Fig. 45). Tal imagem é bastante didática no contexto de apresentar a deformação artificial do crânio, tanto pelo perfil, onde é mais notória, quanto pela observação frontal.

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Fig. 46 Aproximação facial com elementos especulativos/subjetivos.

Também foi gerada uma renderização (imagem final) com elementos mais especulativos, como cabelos, barba, pigmentação da pele e com os olhos abertos (Fig. 46). Não foi o objetivo que tal imagem representasse o indivíduo em vida com total acurácia, mas apenas uma base de acordo com as características climáticas da região. Estes elementos de identificação são mais significativos quando utilizados para a apresentação ao grande público, que em sua maioria não é especialista em ciências forenses.

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Fig. 47 Segmentação do endocrânio.

Além da aproximação facial, foi possível segmentar o endocrânio do indivíduo, baseado nos parâmetros internos da deformação anatômica, posto que a anatomia óssea do doador virtual estava completa na região (Fig. 47). O volume final foi de 1513 ml (±157, por conta da margem de erro do redimensionamento baseado em terceiros), o que o posiciona acima de um desvio padrão da média volumétrica dos indivíduos modernos que é de 1328 (± 164 ml) [E21].

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Fig. 48 Volumes do endocrânio em diferentes crânios arqueológicos.

O resultado foi inesperado, posto que o volume se destacou entre outros levantamentos efetuados em crânios aproximados de projetos passados (n=16) (Fig. 48). Curiosamente os resultados gerais se assemelham aos do supracitado Neubauer et al. (2018) [E21], com uma média de 1387 ± 112 ml vs 1328 ± 164 ml. Ainda que haja um grande debate sobre o volume cerebral atrelado à inteligência, o estudo de Lee et al. (2019) [E22], efetuado com um elevado número de indivíduos e buscando evitar uma série de fatores de confusão, contém fortes indicativos de que tal premissa possa ser verdadeira. Uma elevada inteligência poderia ser um elemento que destacaria o portador do crânio de Jericó na sua sociedade, mas isso por hora é apenas uma especulação, que carece de mais dados, principalmente em relação ao volume dos endocrânios de outras cabeças encontrada pela Dra. Kenyon na década de 1950. Analisando mais profundamente, percebe-se que a largura total do crânio cefálico (151 mm) é mais de um centímetro maior que a média de indivíduos brasileiros adultos (141 mm) [E23] enquanto o comprimento (161 mm) é mais dois centímetros menor que a média (183,8mm). Considerando que tais resultados são muito superiores aos desvios padrões da amostra de referência. O presente trabalho foi exitoso na tarefa proposta de executar a aproximação facial de um indivíduo, utilizando apenas dados disponíveis na internet. Isso evidencia a importância de compartilhar informações de modo aberto e online, pois além de reforçar pesquisas já efetuadas, pode oferecer novos horizontes e ampliar as linhas de pesquisas, enriquecendo o panorama geral e dando mais luz ao longínquo passado.

Conclusão

A análise do crânio confirmou que há traços compatíveis com indivíduos do sexo masculino, e demonstrou que, apesar das deformações intencionais, o crânio mantém volume intracraniano dentro da média, no entanto exibe comprimento reduzido e largura aumentada por efeito de alterações causadas por pressão exercida durante as fases de crescimento desse indivíduo.

Agradecimentos

Ao Dr. Richard Gravalos por ceder a tomografia do doador virtual, utilizada na deformação/adaptação anatômica.

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